90% dos consumidores continuarão a comprar comida online

ASEDAS, Associação Espanhola de Distribuidores, Autoatendimento e Supermercados, apresentou o seu V Observatório do Comércio Eletrônico Alimentar, desta vez com o título de “novas normalidades”, realizado em colaboração com as Universidades Complutense e Autônoma de Madrid.

Impacto Covid

O estudo foi preparado pelos professores María Puelles, professora da Universidade Complutense de Madrid, e Gonzalo Moreno, professora da Universidade Autônoma de Madrid, em uma amostra de mais de 3.000 entrevistas dirigidas a consumidores responsáveis ​​por comprar em casa. A pesquisa foi realizada em três ondas, levando em consideração o desenvolvimento da pandemia Covid-19 durante 2020-2021 para analisar seu possível impacto nos hábitos de consumo online.

Seguindo a tendência iniciada no ano passado, o estudo indica que o maior crescimento nas compras online corresponde aos chamados “consumidores mistos”. Estes, que realizam compras tanto no canal físico como online, cresceram 3,19 pontos percentuais, ante 4,8 no ano anterior. Já os consumidores que só compram online cresceram 2,29 pontos ante 1,36 do estudo anterior. Por fim, o grupo dos que só compram no canal físico mantém a trajetória de queda em 5,49 pontos percentuais, ante 8,26 pontos no ano passado.

Canais online

Em outras palavras, o impacto da pandemia Covid-19 ainda é observado nos números de crescimento do canal online. Assim, 15% dos novos usuários (sejam mistos ou puramente online) afirmam que começaram a comprar online há apenas um ano e, deles, 80% declaram que o fizeram por causa da Covid-19. Até hoje, quase 90% afirmam que continuarão usando esse canal, o que é indicativo de boas experiências de compra.

Desta forma, consolida-se o valor da “proximidade digital”, que se baseia na complementaridade dos canais físicos e online, aos quais os consumidores se aproximam indistintamente em função da sua conveniência. Da mesma forma, a relação com o signo físico é reforçada, como mostra o fato de a escolha dos produtos ser feita principalmente com base no que foi visto anteriormente na loja. Assim, a “teoria dos 3 Co” se consolida: confiança, comodidade e custo são fatores determinantes nas compras online.

V Observatório de Comércio Eletrônico de Alimentos 2020: Novas normalidades

Pela primeira vez, o Observatório inclui a categoria de alimentos preparados que, no caso do supermercado, atinge valores de 27% nas compras pontuais e 9% nas que são feitas com frequência contra 56 e 16%, respetivamente, em restaurantes, e 39 e 21% no caso de aplicativos de informática especializados. Por outro lado, ao comparar os produtos de consumo com outros tipos de artigos como viagens, moda e eletrónica, verifica-se que, embora ainda na fila, a alimentação e a higiene pessoal e doméstica entraram no mundo da confiança nas compras online.

Os clientes que só fazem a compra offline e os mistos vão à loja uma vez por semana. Estes últimos fazem um pedido online a cada 15 dias, o que indica uma compra de conveniência de produtos volumosos ou pesados, enquanto reservam a compra de alimentos in natura para a loja. Por sua vez, os compradores apenas online estão no meio, com uma compra a cada 10 dias ou mais, o que inclui todos os tipos de produtos.

Custo do carrinho de compras

Os consumidores mistos são também os que mais investem no carrinho de compras, atingindo uma despesa anual de 5.580 euros (mais 17,2% do que em 2020) contra 3.464 euros (mais 9,94%) nos charutos offline e 4.065 euros (mais 19,6%) nos charutos online. São crescimentos que, em linhas gerais, coincidem com o aumento da compra de alimentos para o lar motivado pela pandemia, e que provavelmente serão corrigidos nos próximos anos com o retorno à normalidade do consumo alimentar.

O tempo gasto comprando é cerca de metade na web do que na loja. Enquanto os usuários de comércio eletrônico gastam em média menos de 15 minutos, leva em média 43 minutos para uma compra semanal completa na loja. O pouco tempo gasto na web é derivado da correlação entre a experiência de navegação e o uso de listas de compras como ferramenta de economia de tempo. Nesse sentido, quem compra apenas online é o que mais utiliza listas pré-determinadas, frente a um uso muito tímido de quem compra online há menos de um ano.

No pouco tempo que os charutos online investem graças ao uso desse tipo de ferramenta, também fica mais fácil para eles não terem horas ou dias fixos para comprar produtos de consumo. Já os mestiços dedicam algum tempo das tardes dos dias úteis e das manhãs dos fins de semana às compras eletrônicas. O que parece não ter influenciado nem um nem outro é o surgimento do teletrabalho. Por fim, no capítulo sobre hábitos de compra, o smartphone e o computador continuam ganhando espaço em relação ao tablet.

Categorias de produtos na web

Higiene pessoal, drogaria e limpeza e alimentos embalados continuam a ser as principais categorias das compras online. Ressalta-se que a maioria dos consumidores busca suas marcas usuais; embora, como segunda opção, afirmem comparar todas as opções e preços antes de escolher, portanto, ter um amplo sortimento é importante para eles. Alimentos in natura (51,24%), pet food (42,10%) e congelados (40,96%) são, nessa ordem, os produtos que os consumidores declaram nunca comprar online. Apesar disso, a compra de produtos in natura cresceu 7 pontos em relação a 2020. Isso se deve ao fato de 27% dos consumidores declararem que, a partir da Covid-19, passaram a comprar esses tipos de categorias online e estão adquirir confiança nesta categoria.

Em linha com o exposto, a escolha pessoal dos produtos frescos e a compra do “produto do dia” continuam a ser os principais travões para a compra online de alimentos. Este é especialmente o caso de produtos frescos, mas os consumidores também reconhecem que gostam de comparar. no local outros tipos de alimentos expostos nas prateleiras. Portanto, a confiança no signo físico é um incentivo para os compradores online, que preferem escolher marcas bem conhecidas, tanto fabricantes quanto distribuidores.

Usabilidade e condições

Por outro lado, a usabilidade do site e as condições de entrega (agilidade e horários) são importantes para todos. Além disso, o consumidor online valoriza cada vez mais questões como despesas de envio, descontos e promoções que podem ser encontradas nas páginas dos supermercados na web.

Por fim, o estudo confirma, mais uma vez, a limitada relação que os consumidores estabelecem entre o comércio eletrônico e o meio ambiente. Aqueles que expressam preocupação com questões como poluição ou trânsito não chegam a 45%.

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