Combate espacial contra as alterações climáticas

A China surpreende o mundo ao revelar que seus cientistas planejam construir uma estação espacial cujos painéis serão capazes de captar dez vezes mais energia solar do que os módulos instalados na Terra.
A estação espacial movida a energia solar terá painéis que cobrirão uma área de 5 a 6 quilômetros quadrados e provavelmente serão visíveis da Terra como uma estrela.
Os cientistas, liderados pelo professor da Academia Chinesa de Ciências, Wang Xiji, prevêem que a produtividade diária da eletricidade nesta usina solar atinja um 99%. No caso de usinas de energia solar instaladas na Terra, sua produtividade depende de fatores como tempo e clima.
Já em 2010, a China, em conjunto com a União Europeia, a UE, tinha tornado explícita a sua vontade de explorar aplicando a tecnologia espacial na perspetiva de combate às alterações climáticas.
Na época, a China e a União Européia concordaram em fortalecer sua cooperação para melhorar o monitoramento da mudança climática e criar capacidade para prevenir e controlar desastres naturais. Isso no âmbito da conferência "Vamos abraçar o espaço"Realizado no pavilhão da União Europeia na feira World Exp, realizada em Xangai, na 2010.
O chefe da Unidade de Pesquisa e Desenvolvimento Espacial da UE, Reinhard Schulte Braucks, disse na ocasião que "A poluição do ar é um problema comum que todos enfrentam", Assim, ambas as partes teriam que reforçar a cooperação para melhorar o monitoramento do ar.
Desde então, o Ministério da Ciência e Tecnologia da China e a Agência Espacial Européia desenvolveram o projeto conjunto "Dragoness", Qual é o maior projeto internacional com cooperação chinesa no campo de monitoramento da Terra. A iniciativa pressupõe pesquisa científica conjunta, intercâmbio de especialistas e capacitação tecnológica.
Segundo Braucks na época, a China possui recursos únicos que a União Européia não possui, pois pode lançar muitos satélites em órbita fornecendo uma grande quantidade de dados importantes. Além disso, ambas as partes poderiam compartilhar conhecimento de espaço e tecnologia.
Além disso, de acordo com Gao Zhihai, pesquisador da Academia Chinesa de Ciências Florestais, a cooperação entre ambas as partes é um papel importante no monitoramento de desastres naturais. Por exemplo, após os dois terremotos que abalaram o país asiático em 2008 e 2010, a União Européia deu à China os dados que facilitaram o trabalho de reabilitação.
Outro objetivo ou resultado esperado do trabalho conjunto entre a China e a União Européia permitirá avaliar a capacidade do sistema terrestre asiático de absorver gás carbônico, que fornecerá uma base científica para elaborar a política de contenção.
No caso da usina de energia solar, a China precisa construir foguetes com uma força de elevação maior, dado que muito poucos navios hoje podem transportar cargas superiores a 100 toneladas e estima-se que a usina pesará mais de 10.000 toneladas.
De qualquer forma, Li Ming, vice-presidente da Academia Chinesa de Tecnologia Espacial, estimou que, para o ano 2020, a China construirá esta grande planta espacial para desenvolver a produção de energia solar.
Fonte: Xinghua
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