Segundo o gerente geral da Proarándanos, Luis Miguel Vegas, as exportações peruanas de mirtilo devem crescer 30% nesta temporada, totalizando 287.000 mil toneladas. Os Estados Unidos são o principal destino da fruta, acrescentou.

“Nesta campanha, o Peru exportou mirtilos frescos para 33 destinos. 53% dos embarques foram feitos para os Estados Unidos, 31% para a Europa; 13% para a China e 2% para outros lugares”, afirmou.

Vegas destacou a desaceleração com que as novas plantações de mirtilo estão evoluindo no país, já que a área, que vinha crescendo em média 3.000 hectares por ano, aumentou apenas 1.600 hectares no ano passado. No entanto, afirmou, há um maior desenvolvimento varietal.

“O Peru tem cada vez mais variedades de mirtilos. É verdade que o aumento do volume empurra os preços para baixo. No entanto, deve-se considerar também que, como há uma maior oferta de variedades, há uma maior variação de preços. Em 2016 o Peru tinha 13 variedades registradas e no final do ano passado tínhamos mais de 60 variedades”, afirmou.

Ele também destacou o surgimento de novas regiões produtoras de mirtilo, como Moquegua, e o crescimento de outras, como Ancash, Lima e ICA, que aumentaram sua área em mais de 100% em relação a 2016.

perdas de campanha

Segundo o porta-voz do Proarándanos, as greves do ano passado afetaram mais de 2.000 toneladas dessa fruta. Em alguns casos, a produção foi totalmente perdida, em outros casos a fruta foi despachada mais tarde, causando queda na qualidade e nos preços, disse.

“Aproximadamente 150 contêineres foram afetados pelas várias greves do ano passado. As manifestações de dezembro não afetaram tanto o setor porque entre setembro e outubro quase 50% do produto é exportado”, afirmou.