“O pico das exportações foi de 21.333 toneladas na semana 38 e o ano de 2022 encerrou 33% acima do pico do ano anterior. Com essa variação positiva, o volume embarcado fechou acima de 277.000 mil toneladas. Embora a maioria das semanas tenha apresentado variação positiva, houve semanas em que o volume registrado ficou abaixo do anterior, em decorrência da crise e da instabilidade política, que causaram prejuízos aos agronegócios. Estima-se que as perdas após os tumultos do ano passado ascenderam a 250 milhões de dólares em culturas tão importantes como os mirtilos, uvas de mesa, abacates e mangas”, afirma Miguel Vegas.

“A atual guerra russa na Ucrânia e os efeitos secundários que ela tem causado nos mercados, juntamente com os altos preços, etc., pressagiam um 2023 difícil, assim como no ano passado. Apesar de crescermos em volume, será um ano difícil devido ao contexto internacional. Temos enfrentado diversos desafios, como o aumento dos custos de frete, bem como o aumento dos custos dos insumos agrícolas, o que tem afetado negativamente as empresas”, afirma.

Como os volumes de exportação do Peru devem continuar crescendo, o foco da Proarándanos permanece na abertura de novos mercados. Israel, que só abriu as portas em meados do ano passado, recebeu 46 toneladas do Peru por via aérea. “Esperamos, pelo menos, dobrar nossas exportações para Israel em 2023. Estamos trabalhando para abrir novos mercados com foco na Ásia. Temos mercados em processo de abertura, incluindo Japão, Indonésia, Coreia do Sul e Vietnã, com uma nova abertura para mirtilos peruanos este ano”.

O pico da temporada de mirtilos no Peru, que vai de setembro a outubro, já passou. “Já embarcamos cerca de 90% do volume nesta temporada. Já estamos na fase final da nossa temporada, que esperamos termine na última semana de março”, avança Miguel Vegas.