Será uma fruta de melhor qualidade, mais doce, de melhor tamanho e crocante, além de ter maior produtividade por hectare e menor custo na colheita

Peru exportará 120 mil toneladas de mirtilos de nova genética em 2025, das mais de 300 mil toneladas que exportaria naquele ano

Os produtores também aceleraram o ritmo da produção orgânica. Para a próxima campanha, espera-se aumentar de 8% para 15% a participação de frutas orgânicas no volume total enviado para os diferentes mercados.

 A Associação de Produtores de Mirtilo do Peru (Proarándanos), indicou que na campanha 2021/2022 (perto de fechar), as exportações de mirtilos frescos chegariam a 222.714 toneladas, das quais uma grande porcentagem vem da variedade Ventura e Biloxi, uma das mais antigo plantado no Peru, quando o negócio de bagas estava decolando em 2013; no entanto, agora os produtores querem se diferenciar.

Ricardo Polis, diretor regional da Fall Creek Farm & Nursery, destacou que na campanha atual (2021/2022) iniciou-se a reposição varietal, aliás apontou que há cada vez menos plantas da variedade Biloxi porque a estão a retirar. "E o que temos é mais demanda por variedades como Atlas e Bianca."

“A revolução do consumo de mirtilo já começou, já aconteceu com a uva antes. No curto prazo, o consumidor terá uma fruta de melhor qualidade, mais doce, maior e mais crocante. E o que o produtor terá é maior produtividade por hectare e menor custo de colheita”, acrescentou.

Por serem de tamanhos maiores (22 milímetros), Polis explica que o tempo de colheita será apenas metade do que acontece com as variedades antigas, cujos frutos, por serem pequenos, são mais difíceis de cortar no chão. Em termos de produtividade, as novas genéticas têm rendimentos médios acima de 28.000 quilos por hectare, enquanto agora são quase 20.000 quilos.

Nessa linha, acrescenta Polis, o Peru está liderando a substituição de varietais no mercado de mirtilo. Embora tenha evitado dar um número sobre o aumento da demanda para este ano, ele projetou que das mais de 300.000 toneladas de mirtilos que o Peru poderá enviar em 2025, cerca de 120.000 toneladas serão de novas variedades genéticas. “Esse é um volume muito importante e vai atrair a atenção dos melhores supermercados do mundo. Marrocos, México e Chile começam a seguir a mesma tendência”, observou.

Mas, além de melhor sabor e tamanho, os produtores também aceleraram o ritmo da produção orgânica. Para a próxima campanha, espera-se aumentar de 8% para 15% a participação de frutas orgânicas no volume total enviado para os diferentes mercados, disse Luis Miguel Vegas, gerente geral da Proarandanos.

Em relação às novas áreas produtoras, Polis destacou que as regiões de Áncash (Callejón de Huaylas) e Cajamarca demonstraram qualidades -condições térmicas- para produzir mirtilos com sabor excepcional.

Segundo a empresa Terra Business, o Peru passaria de 15.000 hectares de mirtilos para 20.000 hectares até 2024.

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