Tanto o Peru quanto o Chile se consolidam como líderes indiscutíveis em suas respectivas indústrias de frutas, mirtilos no caso do Peru e cerejas no caso do Chile. Essa liderança não corresponde apenas aos volumes produzidos e colocados nos diversos mercados do mundo, mas trata-se de indústrias em constante crescimento e desenvolvimento tecnológico, com oferta de frutas da mais alta qualidade, que possuem pesquisas permanentes em suas respectivas safras e com constante melhoramento genético vegetal de suas variedades produtivas

Semana 48

Segundo dados coletados em diversas fontes, os embarques de frutas para o mercado internacional até a semana 48, que vai de 28 de novembro a 4 de dezembro, superam em muito o que cada indústria enviou na safra passada, correspondente a 2021/2022.

O Peru é o país com maior projeção de crescimento e presença no mercado mundial de mirtilo, contribuindo com mais de 25% do total regional correspondente a todo o continente americano, e alcançando uma presença próxima a 15% do total global da produção de mirtilo .

No caso do Chile e sua liderança no mercado de cerejas, cabe destacar que, apesar dos grandes problemas logísticos enfrentados, agravados pela greve dos caminhoneiros, a indústria chilena de cerejas consolidou a liderança e está em pleno crescimento.

Mirtilos

A indústria peruana de mirtilo conseguiu colocar um total de 168.000 toneladas de frutas na área de comércio internacional da fruta, superando significativamente as 139.000 exportadas na campanha anterior a esta data. Eles são muito seguidos pela Argentina, com 5.500 mil toneladas, o que representa um volume menor que as 7.800 mil toneladas da temporada anterior, e pelo Chile, com apenas 4.324 toneladas, também abaixo das 4.700 mil da temporada passada.

Cereja

No caso das cerejas, o quadro é bem diferente, já que o Chile praticamente não tem concorrentes nesse período. Os volumes embarcados pela indústria chilena da cereja chegam a 27.500 toneladas, bem acima das 12.885 da temporada 2021/2022 na semana 48.

Muito longe do Chile e praticamente desistindo da competição, está a Argentina, com 250 toneladas, com apenas um terço do que foi alcançado na campanha passada, que foi de 855 toneladas na semana 48.

A indústria sul-africana surge também como estreante, ainda que de forma muito tímida, que pela primeira vez exporta 150 toneladas de cerejas cultivadas e exportadas para o mercado internacional da fruta.

seminário conjunto

Para atender a essa realidade de grande sucesso da fruticultura latino-americana, o XXV Seminário Internacional de Mirtilo será realizado no dia 13 de abril no Monticello Events Center. Na ocasião, serão abordados em paralelo os aspectos mais relevantes da indústria do mirtilo e da cereja, tanto em seus aspectos técnicos, agronômicos e comerciais.