Miguel Bentín, presidente da Proarándanos:

“Podemos falar sobre o know-how peruano em relação ao cultivo de mirtilo”

A variedade de condições que temos na costa peruana, de ponta a ponta, exigiu o desenvolvimento de conhecimentos muito específicos para nos adaptarmos às diferentes realidades, pois as condições variam significativamente de região para região.

O presidente da Proarándanos, Miguel Bentín, é um conhecido player da indústria peruana e internacional e se destacou por ler muito bem o comportamento do mercado internacional e os fluxos globais de produção, o que lhe permite manter uma visão muito estratégica, antecipatória e precisa dos diferentes cenários em que atua a indústria do mirtilo.
Sobre sua liderança ou liderança no setor, Miguel Bentín lembra que foi presidente da Proarándanos há uma década, quando a organização foi formada, e seu objetivo sempre foi ter um ambiente altamente colaborativo entre os associados. Ele argumenta que é muito importante estar aberto à transferência de conhecimento e ao compartilhamento de experiências, para que todos possam elevar seus padrões em um ambiente de união e transparência.

– Qual é a sua visão da indústria peruana projetada para o final desta década?
– Parece-me que a indústria peruana, no final desta década, entrará numa fase de maior maturidade. Depois de anos de rápido crescimento, acredito que começaremos a ver uma desaceleração no volume e no crescimento da atividade, o que é natural em setores que se desenvolveram tão rapidamente.
O mais importante é que os padrões mínimos de qualidade, os “pisos” de qualidade, sejam elevados. Veremos um produto muito mais consistente, com misturas varietais que incorporam novas gerações de variedades, sempre focados em melhorar o padrão médio de qualidade. Essa evolução está alinhada com o que hoje consideramos os fatores de sucesso mais críticos para o produto nos mercados.

– Qual é sua visão da indústria global de mirtilos e especialmente de sua concorrência no futuro próximo?
– Como venho mencionando, a indústria global de mirtilos continuará tendo como principais motivadores a consistência na qualidade e a busca por um produto com melhores características.

Quanto à competição entre as origens produtoras, acredito que todos teremos que seguir o mesmo caminho: focar na melhoria da qualidade do produto para complementar as diferentes ofertas globais. Isso é essencial para gerar demanda consistente nos mercados.
Por outro lado, se falamos das capacidades do Peru como concorrente, a posição que temos na indústria global está muito bem consolidada. Isso se deve, em primeiro lugar, às vantagens comparativas naturais para a produção, que conseguimos converter em vantagens competitivas. Hoje, o Peru é um player muito importante, não apenas pelo volume de fornecimento que fornecemos ao mundo, mas também pela crescente consistência na qualidade média e confiabilidade do fornecimento.

– Podemos falar sobre o know-how peruano em relação ao cultivo de mirtilo?
– Sim, podemos falar sobre o know-how peruano em relação ao cultivo de mirtilo, um conhecimento que evoluiu ao longo dos anos. O interessante no caso peruano é que o conhecimento necessário para construir foi muito específico, mesmo no nível de cada plantação.

A variedade de condições que temos na costa peruana, de ponta a ponta, exigiu o desenvolvimento de conhecimentos muito específicos para nos adaptarmos às diferentes realidades, pois as condições variam significativamente de região para região. Isso levou à geração de um volume muito grande de conhecimento ao longo do tempo, conhecimento que não apenas permaneceu em cada região, mas foi trocado entre elas.
Temporada atual
A projeção da indústria peruana para a atual safra é de cerca de 310 mil toneladas, retomando assim sua posição de liderança absoluta como principal país exportador de mirtilo. Além disso, esta fruta apresenta uma qualidade muito superior à dos anos anteriores, devido à reposição varietal oportuna e contínua realizada pelos produtores peruanos, o que está dando resultados, proporcionando-lhes um fornecimento de frutas mais consistente, com tamanhos maiores, melhor sabor e mais resistentes a pragas, escassez de água ou ameaças climáticas, entre outros fatores.
Esta nota é um fragmento de uma extensa entrevista com o líder da indústria peruana de mirtilos que será publicada no Revista Azul, e será distribuído no XXXIV Seminário Internacional de Mirtilo a ser realizado isso 12 e 13 março no Centro de Convenções de Lima e em que Miguel Bentín é o convidado principal.

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fonte
Consultoria Blueberries

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