Fertilizante: a Espanha poderia depender de Marrocos?

Dada a escassez de fertilizantes devido ao aumento do preço dos hidrocarbonetos, a Espanha corre o risco de recorrer mais aos fertilizantes marroquinos.

A Espanha caminha diretamente para uma maior dependência de fertilizantes do Marrocos, devido à escassez de fertilizantes, seguindo o aumento do custo das matérias-primas e da energia.

Durante um fórum em Huesca, quarta-feira, 19 de outubro de 2022, o Ministro da Agricultura, Luis Planas, explicou que 50% das instalações de produção de fertilizantes já estão fechadas ou reduziram sua produção habitual, devido ao aumento do custo dos hidrocarbonetos, que também é responsável pelo aumento do preço dos fertilizantes, dos quais dependem fundamentalmente várias culturas espanholas.

Como resultado, um inquérito da Direcção-Geral da Agricultura e Desenvolvimento Rural, à paisana da Comissão Europeia, revelou que o custo dos fertilizantes aumentou 110%, face a 2019, devido ao aumento do custo da cadeia produtiva sintética. . Os fertilizantes, que segundo a Eurosat são os mais utilizados, um aumento causado pelo aumento do preço do gás natural, explica Juan Pardo, presidente da Associação Comercial de Fertilizantes de Espanha (ACEFER).

Além disso, para a Fertilisants Europe, a associação europeia de fabricantes de fertilizantes, quase 70% da produção europeia de amônia parou desde agosto devido aos preços altíssimos do gás. Consequentemente, segundo o presidente da ANFFE (Associação Nacional dos Fabricantes de Fertilizantes), poderá faltar produtos importantes para o setor agroalimentar europeu, o que levaria o país a depender cada vez mais de terceiros países.

De fato, observamos 13,9% de fertilizantes marroquinos, 10,7% da Bélgica, 8% de Portugal e 3,7% de fertilizantes russos, recebidos pela Espanha em 2020. No entanto, devemos cultivar outras culturas que não precisam de fertilizantes, como girassol e leguminosas ? Esta é a pergunta feita pelos agricultores da Espanha, que atualmente hesitam em planejar suas colheitas, porque ainda não sabem quanto o preço vai subir, explica um especialista da União de Pequenos Agricultores (UPA).

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