A domesticação das bagas nativas será o projeto mais importante nas terras altas do Peru

O projeto funcionará com bagas 3 nativas: Pushgay, Alicón e Kundor. Estes produtos foram escolhidos porque estão relacionados ao mirtilo, que é o fruto que tem o preço mais alto no mercado internacional.

A Sierra y Selva Exportadora iniciou o projeto "Domesticação de Bagas Nativas", que busca valorizar a biodiversidade nativa e, com isso, reduzir a pobreza na região.

Neste sentido, o diretor de Empreendedorismo, Investimento e Inovação da Serra e Selva Exportadora, Luis Alfaro Garfias, ressaltou que o projeto acima mencionado será o mais importante a ser desenvolvido nas terras altas do Peru.

Ele ressaltou que o projeto está sendo trabalhado em parceria com a Universidade Nacional Agrária La Molina (UNALM), cujo Laboratório de Biotecnologia é usado para fazer cruzamentos e obter um berrie de qualidade. O líder do projeto é a Dra. Antonietta Gutiérrez Rosati.

Luis Alfaro destacou que o projeto Domesticação de Bagas Nativas é uma oportunidade porque muitos produtos nativos do nosso país possuem importantes propriedades nutracêuticas (benéficas para a nutrição e a saúde), que são muito procuradas no mercado internacional e com altos preços.

"A domesticação é sobre a escolha das melhores espécies (em tamanho, sabor, grau brix, entre outras) e o desenvolvimento de uma espécie padronizada que nos permita obter melhores rendimentos e manter a biodiversidade", afirmou.

Ele acrescentou que optou por bagas nativas porque é uma possibilidade para os pequenos e médios agricultores nas montanhas, para que possam lucrar mais com o seu hectare.

Ele disse que valorizar um recurso genético promissor não exige muita participação de agroquímicos (sendo nativos da área), o que contribui para o desenvolvimento sustentável, porque é apenas amigo do meio ambiente.

“Com uma berrie nativa podemos chegar ao mercado com um produto com 3 vezes mais antioxidante que o mirtilo e também é orgânico o que nos permite ter um produto mais saudável, além de ser desenvolvido na montanha nos permite obter uma fruta mais rica porque a altura permite concentrar graus mais elevados de brix (doçura) ”, comentou.

Ele indicou que, a fim de escolher as bagas nativas que serão utilizadas no projeto, as bagas relacionadas com cranberry foram identificadas porque é a fruta que tem o preço mais alto no mercado internacional. O projeto funcionará com bagas 3 nativas: Pushgay, Alicón e Kundor.

A este respeito, o funcionário disse que a iniciativa irá revelar o recurso genético de interesse, realizar uma pesquisa adequada, proteger locais de origem, a trabalhar de acordo com a legislação nacional e internacional, lançar uma selecção de programas e cruz, obter um registro de proteção varietal, concedendo valor agregado e colocando-o no mercado.

Ele acrescentou que o projeto já está funcionando em Cajamarca, onde foram detectadas as primeiras espécies, e em Huánuco. Além disso, o referido programa será desenvolvido em breve em outras regiões.

Fonte: agraria.pe

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