Planas: “A transformação digital não é uma opção, é uma necessidade do setor agroalimentar”

El Ministro da Agricultura, Pesca e Alimentação, Luis Planas, garantiu hoje que o transformação digital "não é uma opção, é uma necessidade dos tempos que vivemos ”para a competitividade e sustentabilidade do setor agroalimentar. O ministro divulgou o lançamento do segundo Plano de Ação da Estratégia Espanhola para a Digitalização do Setor Agroalimentar, que inclui investimentos de 62 milhões de euros com 20 medidas destinadas a promover o desenvolvimento tecnológico ao longo da cadeia de valor no período 2021-2023.

Luis Planas participou hoje, em Lleida, da inauguração da 5ª edição da Fórum para Promover a Transformação Digital no Setor Agroalimentar (Datagri 2021), onde destacou o caráter estratégico do setor agroalimentar espanhol, que contribui com 10% do PIB nacional e gera mais de 2,8 milhões de empregos, diretos e indiretos, além de ter uma grande vocação exportadora, com um valor de 58.210 milhões de euros no ano corrente até setembro de 2021.

O ministro explicou que a estratégia de digitalização tem como objetivos reduzir o fosso digital entre as zonas urbanas e rurais, promovendo a utilização de dados na agricultura e apoiando o desenvolvimento empresarial de novos modelos de negócio nas zonas rurais. Nesta área, fez referência, por exemplo, à iniciativa Agroimpulso, lançada pelo ministério em colaboração com a Empresa Nacional de Inovação (ENISA) para a concessão de créditos em condições favoráveis ​​a PME agroalimentares que desenvolvam projectos de base tecnológica. Estima-se que o efeito multiplicador destas iniciativas possa gerar investimentos na ordem dos 90 milhões de euros.

O ministro garantiu que a transformação digital, além de uma necessidade, “não é uma possibilidade futura, algo que vai acontecer amanhã, mas algo que já vivemos hoje”. Destacou as iniciativas já em curso e assegurou que o setor agrícola não só não fique atrasado, mas esteja na vanguarda e que na Espanha “enfrentamos essas mudanças com uma mentalidade aberta e inclusiva”. “Temos as ferramentas, mas temos o mais importante, que são os homens e mulheres que querem fazer esse processo de transição. O Governo vai ajudar nesta mudança, que deve ser vista como uma oportunidade ”, reiterou.

O ministro sublinhou que inovação e digitalização são elementos "fundamentais" para alcançar os grandes objetivos do setor agroalimentar, sustentabilidade e lucratividade. Assim, destacou que terá mais de 53.000 mil milhões de euros de ajudas da Política Agrícola Comum (PAC) e do Programa de Recuperação, Transformação e Resiliência (PRTR) para melhorar a sua competitividade.

O ministro frisou que a utilização de dados e a utilização de soluções digitais são dois dos eixos prioritários do Plano de Recuperação, Transformação e Resiliência (PRTR) e vão servir de alavanca para consolidar a transformação ambiental e digital do setor agroalimentar . Especificamente, ele apontou que o Componente 3 do PRTR, que é gerido pelo Ministério da Agricultura, Pescas e Alimentação (MAPA), tem uma dotação de 1.051 milhões de euros e prevê um conjunto de 11 projectos de investimento.

Assim, para modernizar os sistemas de rega e torná-los mais eficientes, estão previstos investimentos no valor de 563 milhões de euros. Na Catalunha, estão previstas 6 ações, com um orçamento de cerca de 69 milhões de euros. O Planas referiu ainda os investimentos para potenciar a sustentabilidade e competitividade da agricultura e pecuária, com um orçamento de 345 milhões de euros.

E um terceiro grupo dirigido especificamente à promoção da digitalização no setor agroalimentar, dotado de 38 milhões de euros.

Da mesma forma, o ministro explicou que o setor agroalimentar pode se beneficiar de outros componentes do PRTR, como o apoio à conectividade e ao empreendedorismo digital promovido pelo Ministério da Economia e Transformação Digital; ou o Projeto Estratégico Agroalimentar (PERTE), com investimentos para a digitalização do setor que irão melhorar sua sustentabilidade, competitividade e rentabilidade.

Também demonstrou o empenho do Ministério da Agricultura, Pescas e Alimentação com formação e aconselhamento, para que o conhecimento chegue a todos e ninguém fique para trás. Assim, referiu-se a iniciativas como o Centro de Competência, projeto de formação de formadores lançado pelo MAPA em colaboração com as Universidades de Córdoba e Politécnica de Madrid; o Caderno de Exploração Digital, instrumento que irá simplificar a gestão do CAP nas operações agropecuárias; ou a ferramenta preditiva para o setor de frutas cítricas e de caroço (Frutika). Para o ministro, o apoio à capacitação facilitará aos agricultores, pecuaristas, técnicos e assessores que atuam no setor agroalimentar a incorporação da tecnologia digital no dia a dia de sua atividade.

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