Mirtilo: peruanos veem as vantagens de produzir no Ceará

No Peru, o ciclo do Mirtilo é de 9 meses; no Ceará pode chegar a 6. Para chegar à Europa, o produto peruano leva três semanas; no Ceará, apenas um. E mais: Sindienergia e Senai iniciam curso para fornecedores de energia fotovoltaica.

Na quarta-feira, 16, o secretário-executivo de Agronegócios da Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Trabalho (Sedet) do Governo do Ceará, agrônomo Sílvio Carlos Ribeiro, que está no Peru desde terça-feira, 8, retornará a Fortaleza.

Em sua bagagem já traz a boa notícia de que pelo menos duas das maiores empresas peruanas produtoras de mirtilo e abacate tipo Hass -a variedade mais consumida no mundo- têm real interesse em investir na produção dessas frutas na Chapada de Ibiapaba.

Um fundo de investimento holandês, cujos executivos já estiveram na região de Ibiapaba, também tem o mesmo interesse.

Esta coluna repete: o Peru é o maior produtor mundial de Blueberry, também conhecido como Blueaberry, exportando anualmente o equivalente a US$ 1.200 bilhão. E também é um dos maiores produtores de Abacate Hass do mundo.

Falando a esta coluna ontem diretamente de Trujillo, no norte daquele país, onde hoje visitará a fazenda de produção da empresa Peru Hass, Sílvio Carlos Ribeiro disse que os peruanos "já perceberam que para enviar frutas do Equador para a Europa, eles precisam de até 3 semanas”. Ribeiro acrescenta, expressando em sua voz o sentimento de otimismo que todo bom vendedor tem e deve ter:
“No Ceará temos, e os peruanos sabem disso, a vantagem de estar a apenas uma semana, de barco, da Costa Leste dos Estados Unidos. Estados Unidos e os principais portos da Europa. Além disso, podemos produzir Blueberry em menos tempo do que no Peru."

O ciclo de produção do mirtilo em terras peruanas é de nove meses, enquanto em Ibiapaba é de sete meses, podendo chegar a seis meses, dependendo da variação do clima.

“Se produzirmos Blueberry ao mesmo tempo que o Peru, teremos custos de produção menores e prazos de entrega mais curtos para os mercados norte-americano e europeu, e essas são as vantagens comparativas do Ceará que os produtores e exportadores peruanos estão analisando”, afirma. com o mesmo entusiasmo o Secretário Executivo da Sedet.

Na bagagem do secretário Sílvio Carlos Ribeiro há outra boa notícia: a embaixada brasileira em Lima tem uma Adida Agrícola, Ângela Peres, que acompanha de perto os negócios bilaterais da agricultura brasileira e peruana, que tem crescido nos últimos anos. Ele gostou do vídeo apresentado pelo executivo cearense sobre o potencial cearense em todos os setores da economia, incluindo, em especial, o agronegócio.

Ângela Peres deve organizar, em um espaço especial da própria embaixada brasileira, um encontro de empresários agrícolas do Ceará com seus colegas peruanos, para o qual a Sedet pretende convidar empresários da Faec e da Fiec. Pesquisa e inovação farão parte da programação técnica deste encontro.

Esta coluna trocou mensagens com Ângela Peres. Ela escreveu:

“A ideia é fazermos um encontro técnico/comercial de empresários peruanos e brasileiros na Embaixada do Brasil em Lima e depois visitar Ica, região desértica, forte produtora de frutas e com alta tecnologia para irrigação e cultivo.

O objetivo é que o Ceará aumente suas ações de atração de investidores na região de Ibiapaba, apresentando as possibilidades de instalação de empresas peruanas na região, gerando emprego e renda. Além de possibilitar aos empresários cearenses conhecerem a fruticultura do Peru, que está entre os 10 principais países exportadores de frutas do mundo.”

Artigo anterior

próximo artigo

POSTAGENS RELACIONADAS

Peru estabelece requisitos fitossanitários para importação de plantas de mirtilo...
O investimento no campo mexicano depende de infraestrutura: Hortifrut
IA é usada para gerenciar a primeira fazenda vertical de frutas silvestres em...