Até 26 de dezembro do ano passado, o volume de mirtilo chileno exportado fresco ou congelado havia diminuído 24.1% em relação à data anterior (2020), segundo dados do último relatório semanal publicado pelo Comitê de Cranberry do Chile. O prolongamento do tempo de trânsito marítimo fez com que muitos agricultores fossem mais rigorosos com a seleção da fruta, exportando apenas aquela que tivesse condições de se manter em boas condições durante a longa jornada.

A falta de trabalhadores portuários por motivos de saúde e o aumento da demanda por produtos durante as quarentenas levaram a gargalos de navios em portos ao redor do mundo. Problemas logísticos afetaram a disponibilidade de contêineres, aumentando seu preço. As dificuldades e o custo dos embarques marítimos aumentaram a demanda por carga aérea, elevando, por sua vez, as taxas de frete.

Esses motivos, somados ao perigo de perda de qualidade da fruta fresca devido à longa espera, fizeram com que o mercado de mirtilo congelado se expandisse no Chile. Até o dia 21 de novembro do ano passado, a exportação da baga no estado havia aumentado 9% em relação ao mesmo período de 2020. A expectativa é que a cifra aumente este ano após a assinatura do novos tratados internacionais que facilitam as exportações para a China.

O volume de mirtilo chileno exportado deve atingir seu pico na última semana de dezembro de 2021 e nas duas primeiras semanas de janeiro de 2022, impulsionado pela produção da zona Centro-Sul. Durante a semana do Natal, a zona Centro-Norte representou 59% do volume de baga exportada, seguida da zona Centro-Sul (44%) e Sul (5%).

No mesmo período, mais de 70% das frutas exportadas foram das variedades Blue Ribbon e Duke, que se destinaram principalmente ao mercado europeu (49.6%), aos Estados Unidos (37.1%) e à Ásia (10.1%).

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