O pesquisador Víctor Hugo Escalona abordará o uso efetivo das tecnologias pós-colheita

Com base no uso de manejo de baixa temperatura (0 °C), atualmente existe uma série de tecnologias para prolongar a vida útil dos mirtilos na fase de pós-colheita. As mais utilizadas são a Atmosfera Modificada (AM) e a Atmosfera Controlada (AC), que se baseiam na modificação da composição dos gases (O2 e CO2) durante a etapa de armazenamento e transporte.

Após a colheita, inicia-se uma etapa muito delicada em que se trata de manter e garantir a qualidade dos produtos desde a colheita até o consumidor final, de modo que o consumo da fruta seja uma boa experiência e, além , que o produto mantenha a segurança e a qualidade nutricional pelas quais é valorizado.

Em geral, quando o fruto é colhido do campo, geralmente traz consigo a presença, em maior ou menor grau, de organismos patogênicos ativos ou latentes, prontos para agir quando surgem condições favoráveis. Também podem aparecer feridas e marcas correspondentes a fisiopatologias ou alterações fisiológicas, que podem prosperar na pós-colheita, tornando o fruto um produto pouco ou nada atrativo ao consumidor e, assim, desvalorizando o produto e sua comercialização.

chave para a qualidade

A fase de pós-colheita é um ponto chave para chegar ao mercado e ao consumidor final com um produto de qualidade. Qualidade do fruto que é definida por vários fatores, como tamanho, cor, firmeza, ausência de danos, turgidez e bom equilíbrio doçura/acidez, além do aroma, entre outras qualidades.

Deve-se considerar que o comportamento pós-colheita pode ser diferente entre as variedades, pois podem apresentar metabolismo diferente em relação à respiração e produção de etileno, suscetibilidade ao apodrecimento, firmeza na colheita e pós-colheita, relação açúcar/ácido, etc. No entanto, há um ponto em comum, que é que todos eles se caracterizam por serem muito perecíveis depois de colhidos.

fruta itinerante

O mirtilo, ao contrário de outras frutas climatéricas, como a maçã, deve ser colhido maduro ou próximo da maturação para consumo, pois os atributos organolépticos, como bom sabor, não melhoram após a colheita. A isso acrescenta-se que o mirtilo chileno deve percorrer longas distâncias para chegar aos mercados mais importantes do mundo, e chegar em boas condições, com as qualidades de uma fruta fresca.

umidade e temperatura

Por ser um fruto pequeno, possui uma maior relação entre área superficial e volume, portanto, os mirtilos são mais suscetíveis à desidratação devido à perda de água, apesar do teor de cera em sua cutícula, embora uma vantagem dessa característica morfológica do fruto seja o menor tempo necessário para seu resfriamento.

Em geral, todos os fatores descritos acima fazem com que o manejo pós-colheita seja orientado principalmente para o gerenciamento da temperatura e umidade relativa do ar. Com base no uso de manejo de baixa temperatura (0 °C), atualmente existe uma série de tecnologias para prolongar a vida útil dos mirtilos na fase de pós-colheita. As mais utilizadas são a Atmosfera Modificada (AM) e a Atmosfera Controlada (AC), que se baseiam na modificação da composição dos gases (O2 e CO2) durante a etapa de armazenamento e transporte. Em ambas as técnicas, o principal efeito sobre a fisiologia do fruto é a diminuição da atividade metabólica, bem como o controle de fungos.

Victor Hugo Escalona

Esta questão, vital para a comercialização de mirtilos em mercados distantes, será aprofundada pelo professor e pesquisador da Universidade do Chile e diretor do Centro de Estudos Pós-colheita, Víctor Hugo Escalona, ​​que falará sobre "Avanços no uso de atmosfera controlada e modificada em mirtilos", no dia 7 de abril, no XVIII Seminário Internacional de Mirtilo, que será realizado no Centro de Eventos Monticello.

O especialista abordará essas tecnologias na perspectiva do bom uso e do conhecimento completo, com o objetivo de alcançar um resultado efetivo dessas ferramentas, que demonstraram que colaboram para reduzir o desenvolvimento da cárie e que são uma grande contribuição para a redução da desidratação da fruta a caminho dos mercados de destino.

Os elevados padrões que os consumidores e os mercados exigem para as condições de chegada da fruta fresca, obriga a indústria a treinar muito mais na utilização eficaz destas tecnologias para ser competitiva.

fonte
Martin Carrillo O.- Consultoria de Mirtilos

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